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Curiosidades Astrológicas: Entendendo o lado mais "chato" e técnico da ferramenta


Curiosidades Astrológicas: Entendendo o lado mais "chato" e técnico | Márcia Fervienza Astrologia | Rio de Janeiro

A Astrologia é Geocêntrica

Como sabemos, astronomicamente o Sol é o centro do nosso Sistema Solar. Todo movimento planetário ocorre ao redor dele e é descrito em relação a ele. Mas para a Astrologia não é assim que funciona. Como seu estudo se foca na compreensão do céu de cada indivíduo segundo a sua visão desde o lugar onde se encontra na Terra, a Astrologia é geocêntrica, ou seja, tem a Terra como centro. Se algum dia quisermos calcular o mapa de alguém que nasceu ou vive em Marte, teremos Marte como centro do sistema que estamos lendo, não a Terra. E assim o será com qualquer outro planeta.

Gêmeos Astrais

Algumas pessoas nascem no mesmo dia, hora e local. Costumamos chamá-los de de Gêmeos Astrais, pois terão a mesma impressão digital astrológica. Podemos dizer que viverão exatamente as mesmas coisas? Não! Mas podemos dizer que mais ou menos na mesma época viverão eventos análogos ou semelhantes. Isso porque as circunstâncias de vida de cada nativo determinarão as possibilidades que estão dentro do seu alcance. Assim, um príncipe e um plebeu que nascem no mesmo dia, hora e local serão gêmeos astrais que viverão eventos significativos (e simbolicamente semelhantes) em suas vidas em datas bem próximas um do outro, mas cada um dentro daquilo que lhe é possível, segundo o seu meio.

Por exemplo, o príncipe pode ser coroado rei em certa data, assumindo o legado monárquico de seu pai. Na mesma data, o plebeu assume o negócio da família, que até então foi conduzido por seu pai há anos. Ambos deram um passo significativo em direção a mais exposição e responsabilidade pública, e ambos se tornaram figuras relevantes em suas comunidades, mas cada um segundo aquilo que seu meio socioeconômico e cultural lhes permitia.

Solstícios e Equinócios

Solstícios e Equinócios ocorrem duas vezes ao ano e marca o início de cada estação.

Em 0 graus de Áries temos o Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte, no dia 21 de abril, e o Equinócio de Outono, no dia 21 de setembro, também no Hemisfério Norte. Equinócios acontecem quando a eclíptica (projeção do caminho aparente do Sol na esfera celeste) encontra a linha do Equador celeste. Eles marcam o início da Primavera e o início do Outono. Aqui os dias e as noites são iguais. A Astrologia "nasceu" no Equinócio da Primavera do hemisfério norte, que é onde começa o ciclo de vegetação. Daí o signo de Áries ser associado a inicios (plantio e nascimento do ano astrológico). Equinócio significa "igual".

Solstícios ocorrem quando o Sol está em seu ponto mais ao norte ou mais ao sul no céu, marcando o início do verão e o início do inverno. No solstício de inverno temos o dia mais curto do ano no hemisfério norte em 21 de dezembro e no solstício de verão temos o dia mais longo do ano no hemisfério norte em 21 de junho. Nos solstícios, os dias e as noites são diferentes. Solstício significa "parada".

Já ouviu falar da Precessão dos Equinócios? Como este assunto é mais extenso, criei um outro post para ele. Clique aqui para ler!

Os Ângulos do Mapa e as Casas Astrológicas

Um mapa astral é composto de 12 casas, que correspondem aos 12 signos e representam 12 áreas diferentes da experiência humana.

Os ângulos do mapa (Asc., Desc., MC ou FC) são traçados em decorrência do movimento de rotação da Terra em torno de si mesma, o que forma as chamadas casas astrológicas. Ou seja, 24 horas (tempo que dura o movimento de rotação) / 12 signos = 2 horas (tempo médio que cada signo leva para ascender no horizonte todos os dias).

O Ascendente é o ponto em que o caminho aparente do sol (eclíptica) encontra o Equador celeste no local do nascimento da pessoa. Ele corresponde ao horário de 6 da manha e se alinha ao nascer do Sol (no hemisfério norte).

O Meio do Céu (MC) é o ponto onde o Sol atingiu o seu Zenith, ou a altura máxima no céu. É quando os raios do Sol não fazem sombra. Corresponde às 12 horas (meio dia), embora em lugares diferentes o Sol atingirá seu ponto máximo no céu em horários distintos.

O Descendente (Desc.) é o ângulo oposto ao Ascendente, e é o ponto onde a eclíptica encontra o Equador celeste no local de nascimento, mas no horizonte oeste. Corresponde às 18 horas e ao pôr do Sol (no hemisfério norte).

O Fundo do Céu (FC) é o ângulo oposto ao MC, chamado Nadir e é o lugar onde o Sol atinge a sua altura mais baixa. Aqui o Sol está escondido e só existe escuridão. Corresponde à meia noite.

Não só o Sol se move no céu, mas a mandala astrológica também "gira" conforme passam as horas, de tal forma que a cada duas horas temos um signo diferente ascendendo no horizonte leste. Com isso, o Sol leva 30 dias para percorrer cada signo e aproximadamente 2 horas para percorrer cada casa.

Os signos são resultado do movimento da Terra ao redor do Sol: 360 graus (ou 360 dias) / 12 meses (ou 12 signos / 12 casas) = 30 graus (ou 30 dias) para cada signo. Assim, cada signo mede 30 graus, e cada grau equivale a aproximadamente 1 dia.

Os Sistemas de Casas

Já o tamanho de cada casa varia de acordo com o lugar do globo para onde o mapa é calculado. Por exemplo, pessoas nascidas em países próximos aos polos, como a Noruega podem ter as casas 5, 6, 11 e 12 gigantes e ter (somente nestas casas) um total de 8 signos, enquanto pessoas nascidas no Ushuaia (cidade mais ao Sul do planeta que fica na Argentina) podem ter as casas 1 e 7 enormes, com pelo menos dois signos presentes em cada casa.

Existem diversos sistemas de divisão de casas no mapa astral. A escolha do sistema a ser usado se deve ao tipo de Astrologia que estamos praticando e à preferência do astrólogo. Aqueles que praticam Astrologia Helenística e Medieval usarão o Sistema de Signos Inteiros, onde cada casa começa no grau zero de cada signo. Para a Astrologia Horária se usa muito o sistema Regiomontanus, que é um sistema que representa perfeitamente o espaço universal, mas não é tão bom para representar o espaço local – ou seja, não está centrado no indivíduo e sim nas circunstâncias. No entanto, este oráculo pretende entender as circunstâncias que envolvem o indivíduo em certa situação, o que torna este Sistema de Casas perfeito para a Astrologia Horária. Por fim, o Sistema mais amplamente usado nos dias de hoje é o Placidus. Nele, cada casa representa aproximadamente duas horas de movimento diurno do Sol e cada casa começa em seu grau próprio de cada signo.

Signos Interceptados e Duas Casas com o Mesmo Signo na Cúspide

Também relativo ao lugar para onde calculamos o mapa e ao sistema de casas usadas, teremos signos interceptados e signos que estão presentes em mais de uma cúspide no mapa. Quando um signo interceptado não tem planetas neles, fica mais difícil para o individuo manifestar aquela energia. É algo que precisa ser conscientemente trabalhado para que haja manifestação no mundo material. Quando temos duas casas com o mesmo signo na cúspide, a manifestação daquelas áreas da vida ocorrem mais ou menos juntas e mais ou menos da mesma forma, com a mesma energia (signos), o que será modificado de acordo com a presença de planetas em tais casas.

Desenhando o Mapa

Quando desenhamos um mapa astrológico à mão (o que quase não acontece nos dias de hoje devido aos softwares maravilhosos que temos disponíveis e que fazem isso para a gente em segundos), os primeiros pontos que buscamos identificar são o Ascendente e o Meio do Céu, porque é a partir deles que conseguimos calcular as demais casas. Quando nascemos em regiões polares, no entanto, há distorções e dificuldades em calcular estes dois ângulos, o que consequentemente acarreta problemas em calcular precisamente as casas. Esta diferença pode criar erros significativos para a interpretação da personalidade do nativo do mapa.

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