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Eclipses: Mudar nunca é passageiro


Eclipses: Mudar nunca é passageiro

Me lembro de inúmeras vezes, sentada no consultório de terapia, dar de cara com a falência total e absoluta de uma antiga forma de ser e perguntar ao terapeuta “e agora?”. A contemplação do nada diante de mim e a incapacidade inicial de conceber uma nova forma de agir ou de ser era perturbadora. Me sentia completamente perdida, e perdida ficava, até porque ele ou ela nunca tinham a resposta.


Depois de descobrir quem eu seria dali pra frente em situações como aquela, a pergunta seguinte era: “mas será que essa mudança vai durar? Será que eu não volto a cair naquele padrão?” Eu estava tão acostumada a ser de determinada forma que temia não ter pernas para me manter nesse novo lugar. O que, na verdade, era uma bobagem, porque o que havia mudado não estava fora. Algo tinha se desencaixado dentro de mim e, com esse novo encaixe, a postura anterior já não era possível.


Sempre lembro disso em temporadas de mudanças fortes sendo trazidas pelos ventos astrológicos.


A temporada de eclipses é sempre um período significativo, assim como trânsitos de Plutão, Netuno ou Urano. As coisas mudam – dependendo da natureza do planeta, gradualmente ou subitamente, de forma errática ou contínua. E mudanças não são para ser temidas: elas são para ser vividas.

“Vai mudar para melhor ou pior?”


Depende! Pode ser o fim de algo que amávamos e queríamos muito, mas que também nos trazia muita dor e, com o tempo, aquele fim nos traz paz. Além disso, todo fim implica um novo começo.


Tristes são as mudanças que ocorrem externamente e da qual saímos ilesos, não porque a mudança não nos tocou, mas porque não entendemos com o seu toque que era hora de ser outra coisa, viver desde outro lugar.


Como diz o meu terapeuta, é possível mudar e não ser transformado, sim! Quando isso acontece, mudamos o endereço, o CPF do nosso par, mas as histórias são sempre as mesmas. Carma? Não! Escolhas inconscientes! Escolhas que se repetem para que vejamos o que ainda não vimos e processemos o que ainda não foi processado. Caminhos que visam nos colocar em contato com a gente mesmo para entendermos o que não está mais funcionando e o que pode ser melhor.


Por que os eclipses são tão importantes?


Em poucas palavras, precisamos dos movimentos lunares para gatilhar eventos em nossas vidas. Não só a Lua como Marte são conhecidos gatilhos astrológicos.


Num eclipse, a Lua está envolvida, mas também estão os Nodos – e são eles que transformam uma lunação qualquer num eclipse. Com isso, os eventos gatilhados em eclipses visam nos alinhar ao nosso caminho de progresso (porque os nodos estão envolvidos). Nem sempre esse empurrão é suave, nem sempre é o caminho que queremos trilhar, mas eclipses são mais uma forma que o céu tem de nos ajudar a crescer. Com mudanças súbitas, com inícios, finais, com transformações dolorosas ou desagradáveis... o propósito é sempre crescer. Então, por que temer?




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