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Márcia Fervienza

Lilith no mapa astral


Lilith no mapa astral

Dependendo de há quanto tempo você me segue, você já sabe que eu adoro usar Lilith nas minhas leituras, especialmente em trânsitos e revoluções solares. Por que? Porque eu a vejo como um lugar de força e poder em nosso mapa onde, por sermos tão julgados naquela área das nossas vidas, acabamos nos silenciando. E ao silenciá-la, nos desempoderamos.


Então, aonde Lilith está passando por trânsito em nosso mapa natal, ou onde ela está situada em nossa revolução solar (ou em nosso mapa natal), ali seremos julgados por fazermos as coisas do nosso jeito. Isso significa que devemos recuar e tentar "encaixar"? De jeito nenhum! Isso só significa que ali vamos sofrer um pouco mais por nos expressarmos, mas é preciso ter em mente que ali, aquela experiência particular, aquela sabedora é necessária ao mundo. E por isso precisamos insistir em continuar exercendo nosso direito de sermos quem somos.


Entendendo mais sobre Lilith


Em primeiro lugar, é preciso entender que há três Lilith catalogadas pelos astrólogos: o asteróide, a Lua Negra (Lilith) e a BML (Black Moon Lilith). Então, onde você me vir falando de Lilith, eu sempre estarei falando da BML, que é a Lilith com a qual trabalho.


Black Moon Lilith não é um planeta, um asteróide ou um cometa. Ela é o apogeu da Lua, ou o ponto onde a Lua está mais distante da Terra em sua órbita.


Se vocês buscarem na internet encontrarão duas efemérides (ou tabelas de movimentos celestes) para BML, que serão diferenciadas por "Mean" e "True". A efeméride para a True (ou Verdadeira) BML considera o movimento real de Lilith no céu, segundo o movimento lunar ao redor da Terra. Esse é um movimento que, assim como o movimento da Lua, oscila demais e é mais difícil de rastrear para cálculo de trânsitos (pelo menos para mim, que não trabalho com ele). A efeméride para a Mean (ou Médio) de Lilith é exatamente isso: uma média de sua posição real nos últimos dias.


Uma figura controversa


De maneira muito resumida, na mitologia, Lilith teria sido a primeira mulher de Adão, que foi criada junto com ele. Aliás, conta-se que Deus inicialmente criou Adão completo, compreendendo tanto o lado masculino quanto o feminino em sua figura, mas porque a solidão veio eventualmente assaltar Adão no paraíso, Deus o separou em dois: homem e mulher. Só que Adão esperava ter domínio completo sobre Lilith e ela não aceitava isso. Ela entendia que ambos eram iguais, porque foram criados ao mesmo tempo e da mesma matéria. Ao se manter firme em sua ideia, Lilith teria sido expulsa do Jardim do Eden e teria ido viver sua vida às margem do Mar Morto, onde exercia livremente sua sexualidade, dando à luz mais de mil crianças por dia.


Claro que Adão inicialmente pensou que Lilith se arrependeria e voltaria. Mas isso não aconteceu. E quando ele viu que ela não voltava, ele pediu a Deus que encontrasse uma forma de obriga-la a voltar. Teria enviado anjos, feito ameaças, e amaldiçoou todos os seus filhos à morte - tudo para obriga-la a voltar para o Jardim e para Adão. Nada disso funcionou. Deus, então, criou Eva para Adão e deixou Lilith em sua vida exilada da sociedade.


Então, onde temos Lilith, temos todos esses temas: fúria, rebeldia, insubordinação, punição, exílio, sexualidade e liberdade mas também temos coragem, poder e força.

Onde temos Lilith no mapa é onde falamos, opinamos e nos mantemos firmes em nossa posição. E onde pagamos um preço caro por isso.


O mundo não está preparado para ter essa conversa


Os assuntos de Lilith na área do nosso mapa (e signo) onde ela se encontra traz assuntos, abordagens e formas de pensar que o mundo não está preparado para encarar. Logo, você - por expressar tais pensamentos e sentimentos - se torna o alvo da fúria ou rejeição alheia. Ao não gostar da mensagem, o mundo tenta matar o mensageiro. Às vezes, isso funciona. Pelo menos, quando você não está orientad@ por mim. :-)


Lilith em trânsito tende a trazer os temas do signo e da casa que está transitando. Os aspectos que ela faz com o resto do nosso mapa durante o trânsitos são convites que ela faz a outros planetas para unirem-se à ela naquela briga, ou são elementos externos que tentam dificultar sua trajetória, numa tentativa inútil de silenciá-la.


Eu, particularmente, sou apaixonada pela simbologia de Lilith. Sua força, seu poder, sua capacidade de superar (e de topar) os maiores desafios com tal de manter-se fiel a si mesma, são temas muito relacionados ao meu trabalho em todos os aspectos.


Portanto, lembre-se: onde você tem Lilith no mapa, você está sendo rejeitad@ e forçad@ a se calar, não porque tenha que fazê-lo, mas porque as verdades que estão sendo denunciadas ali precisam ser ditas, e as pessoas precisam ser expostas a elas para poderem pensar "fora da caixinha". Mas o mundo ainda não tá preparado para isso!

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